Série de Mensagens - 1ª ministração

"OS PROFETAS DE ONTEM FALAM HOJE"

Tema: OSÉIAS – O AMOR SUPERA A DOR

Texto Base: Oséias 6:6

(Oséias 6:6) – “Porque eu quero a misericórdia, e não o sacrifício; e o conhecimento de Deus, mais do que os holocaustos.”

INTRODUÇÃO

Oséias vivenciou na experiência conjugal a mensagem que proclamou. Sua história pessoal ilustrou com profundidade a amor leal que Deus nutre por Seu povo, a despeito da tristeza que a infidelidade produz no coração Divino.

A história dessa traição começou 200 anos antes de Oséias, quando o reino de Israel se dividiu e as tribos do norte, rebelando-se contra a aliança com o Senhor, proclamaram sua “independência”. Fizeram para si um rei – Jeroboão – que não era da linhagem de Davi. E este novo rei, para evitar as peregrinações ao Templo de Jerusalém, instituiu o culto a dois bezerros de ouro, um em Betel e outro em Dã (I Rs 12:25-30).

Como “bola de neve”, que vai crescendo à medida que desce a encosta da montanha, assim o pecado da rebeldia foi atraindo outros pecados, de tal forma que nos dias de Oséias a situação tornara-se insustentável.

1. OS CAMINHOS DA RUÍNA ESPIRITUAL
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Nos dias de Oséias os israelitas haviam se tornado prósperos. No trono estava Jeroboão II, filho de uma geração de reis alheios à vontade de Deus. (Oséias 8:4)

Naquela época a religião havia se tornado rica na liturgia, mas pobre na teologia. A mistura de idéias e/ou religiões diferentes, mesmo incompatíveis (sincretismo religioso) era tolerado e o zelo pela Palavra de Deus era negligenciado.

A dupla personalidade dos israelitas corrompeu-lhes os conceitos de moralidade e espiritualidade. Passaram a viver longe da verdade, do conhecimento de Deus e do amor leal. (Oséias 5:4; 4:1-2)

Oséias, não se contendo ao presenciar tantos cultos imponentes e cheios de rituais oferecidos por um povo que descaradamente desprezava os mandamentos do Senhor e a integridade moral, pronunciou uma mensagem de desabafo: (Oséias 6:6) – “Porque eu quero a misericórdia, e não o sacrifício; e o conhecimento de Deus, mais do que os holocaustos.”

2. OS CAMINHOS DA RUÍNA MORAL
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Os efeitos daquela sociedade corrompida se fizeram sentir na alma do profeta, e também no seu lar. Oséias experimentou no peito uma amostra da dor que o Senhor sentia ante a infidelidade de Seu povo.

Oséias passou a vivenciar a mensagem que proclamava. Na infidelidade de sua esposa pôde ilustrar o “adultério espiritual” dos israelitas com o deus baal. (Oséias 2:8)

O Senhor tratava Israel como esposa amada, mas Israel preferiu buscar os favores e os prazeres de um outro “senhor” (baal significa “senhor”, “possuídor”, “marido”). (Oséias 2:19-20)

Oséias sentiu na pele o que se passava no coração de Deus. Percebeu que, assim como Gômer deixou-se seduzir pelas atrações mundanas e pelos benefícios materiais que poderia obter com sua leviandade, Israel trocou seu compromisso com Deus e a pureza da vida espiritual (união com Deus) pelos benefícios materiais oferecidos pelos deuses pagãos. (Oséias 2:5 e 9)

3. OS CAMINHOS DA RESTAURAÇÃO
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Apesar de toda rebeldia, de toda idolatria e de toda imoralidade, Deus não desistiu de amar o seu povo.

Israel havia chegado ao “fundo do poço”, e, se não fosse o imutável amor Divino, não restaria nenhuma esperança para eles. (Oséias 13:14)

Gômer também chegou ao “fundo do poço”, vendendo-se por favores sexuais a fim de pagar suas dívidas de boêmia.

O profeta, tendo aprendido a amar segundo o amor de Deus, se dispôs a procurá-la e saldar as suas dívidas; resgatou sua liberdade e a trouxe de volta para casa. Gômer perdeu temporariamente seus privilégios, mas foi perdoada – “...e comprei-a para mim por quinze peças de prata, e um hômer, e meio de cevada; e ele lhe disse: Tu ficarás comigo muitos dias; não te prostituirás, nem serás de outro homem; assim também eu esperarei por ti...” (Oséias 3:2-3)

Oséias aprendeu que o amor supera a dor. E neste ano Deus nos concederá oportunidades para amar

Deus restaura o caído, movido por Seu intenso amor, mas não faz “vista grossa” ao pecado. Para haver restauração é necessário que haja correção “Deus corrige a quem ama...” (Hebreus 12:6).

Oséias conclamou o povo ao arrependimento e confiança na promessa que Deus, por Seu imenso amor, há de perdoar todo coração sinceramente arrependido. (Oséias 14:2)

Ele ilustrou a realidade do perdão divino através do perdão exercido em favor de sua esposa. O amor humano triunfou e o amor divino triunfará ainda mais.

Um grande avivamento espiritual acontecerá quando passarmos pelo caminho da restauração com um coração arrependido e sincero diante de Deus. (Oséias 14:4)

CONCLUSÃO
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Se começarmos a pensar em deixar a Deus e a sua vontade, significa que estamos começando a trilhar o caminho da ruína moral e espiritual. Então, é só uma questão de tempo para vivermos a dor da desobediência.

Detalhe: O povo de Israel vivia um tempo de abundância, e isso mostra que prosperidade material não é sinal de intimidade com Deus.

A vida de Oséias tornou-se sua mensagem. Sua tragédia espelhou a tragédia de um povo. Por intermédio dele, Deus chama de volta os que estão longe dos caminhos da restauração, oferecendo-lhes misericórdia, perdão e uma nova oportunidade.

GUARDE NO CORAÇÃO

(Oséias 6:3) – “Então conheçamos, e prossigamos em conhecer ao SENHOR; a sua saída, como a alva, é certa; e ele a nós virá como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra”.

O profeta Oséias deixa registrado que precisamos conhecer melhor a Deus.

MOMENTO DE REFLEXÃO

O pecado não produz satisfação esperada, por isso existe uma tendência de a pessoa continuar pecando. Mas esses momentos prazerosos (que são momentâneos) proporcionam muitas vezes perdas irreparáveis.

* (João 8:34) – “Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é servo do pecado”.

* (Romanos 4:7-8) “Bem-aventurados aqueles cujas maldades são perdoadas, e cujos pecados são cobertos. Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não imputa o pecado”.

* (Lucas 5:32) - “Eu não vim chamar os justos, mas, sim, os pecadores, ao arrependimento”.

Quem não estiver num compromisso com o Senhor, terá dificuldade em manter-se íntegro nos demais compromissos assumidos. O caminho da ruína moral passa pela infidelidade espiritual.

(I Coríntios 15:33) – “Não vos enganeis: as más companhias corrompem os bons costumes”.